13 janeiro 2015

“Pobres não são aqueles que têm pouco, mas aqueles que querem muito”


"Vamos investir primeiro em educação, segundo
em 
educação, terceiro na educação, quando ele
assume o controle do Uruguai. Um povo educado
tem as melhores escolhas na vida e é muito difícil
de ser enganado por corruptos e mentirosos " 

“Estamos governando a globalização, ou a globalização é que está nos governando?”, em discurso na conferência Rio+20, realizada no Rio de Janeiro em 2012.
“Pobres não são aqueles que têm pouco, mas aqueles que querem muito”, disse para a AFP ao responder que não era um presidente pobre, como é colocado em algumas ocasiões sobre seu estilo de vida.
“Alguns pensam que o Uruguai deveria se desenvolver como Singapura, voltado para o resto do mundo e dando as costas aos países em seu entorno. Eu não concordo com isso.”, em entrevista para a revista Veja, em 2010.

“A maneira tradicional [de combate às drogas] não está funcionando. Alguém tem que ser o primeiro a tentar isso”, ao falar sobre a proposta legalização da maconha em seu país. 

“O que nos preocupa não é tanto a droga. O que nos preocupa até a morte é o narcotráfico, uma coisa diferente”, em entrevista para a BBC sobre legalização das drogas.
“Nós sabemos que não é uma resposta fácil, porque o Uruguai é um país pacato, um país de velhos. Um país cuja maioria é de velhos e somos de tendência conservadora”,na mesma entrevista para a BBC sobre legalização das drogas. 

“Existe uma esquerda que se esqueceu de lutar pelo poder e agora se entretém em discutir o casamento igualitário. Mas os casais do mesmo sexo sempre existiram”, ao dizer que tinha plena convicção de que a lei permitindo casamento gay, apoiada por ele, seria aprovada.

Mujica doou 550 mil dólares de seu salário

O presidente do Uruguai, José Mujica, revelou ter doado US$ 550 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) de seu salário nos últimos cinco anos, período de seu governo. No programa de rádio semanal, Mujica explicou que US$ 400 mil foram destinados ao Plan Juntos, projeto de casas populares criado no país em 2010, enquanto os outros US$ 150 mil foram destinados a seu partido Frente Ampla (FA).

“No que humildemente se pode fazer como pessoa, ao fechar o ano e o governo estamos terminando os aportes que fizemos ao Plan Juntos como parte de nosso salário. Entre doações em dinheiro e materiais vamos chegar a 400 mil dólares. Com relação à força política a que pertencemos — que significa obrigação moral e ética de colaborar com nossa renda líquida — vamos fechar o quinquênio com um aporte de 150 mil dólares”, disse o presidente uruguaio.

Mujica afirmou que as doações não mudam o mundo, mas são uma maneira de “multiplicar o compromisso com a sociedade”. O presidente do Uruguai criticou a distribuição de riqueza e a “minguada” solidariedade social no país. “Onde o Estado não intervém de alguma forma, a divisão da riqueza que se gera espontaneamente no mercado tende a se concentrar e esta concentração cria duas sociedades: uma que progride fantasticamente e multiplica seus bens e outra que vai ficando pelo caminho”, afirmou.

José Mujica tomou posse como presidente do Uruguai em 1º de março de 2010 e deixa a presidência no mesmo mês de março, quando entrega o cargo a Tabaré Vázquez. Eleito em novembro de 2014, Vázquez foi presidente no termo anterior e também é membro da Frente Ampla.

De acordo com a última declaração de bens, Mujica tem com sua esposa um patrimônio de US$ 200 mil dólares [cerca de R$ 500 mil]: a chácara em que vivem, dois Fuscas e três tratores. “Pode-se gargantear o quanto quiser, mas às palavras devem corresponder o bolso. Sobretudo quando o tom central de nossa fala é a mensagem de solidariedade com os mais pobres”, concluiu em seu programa de rádio.

Da redação com, Opera Mundi


Veja outro exemplo de humildade e sabedoria
Américo Amorim, dono da Corticeira Amorim, tem uma fortuna estimada em 3.298,3 milhões de euros. Entre 2008 e 2012 foi considerado o homem mais rico de Portugal, mas ainda assim, não lhe são conhecidos atos de ostentação (Leia aqui)

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Marta denuncia ministro Juca Ferreira à CGU
Magoada com o PT e com o governo de Dilma Rousseff, a ex-ministra da Cultura Marta Suplicy (PT-SP) denunciou seu sucessor na pasta, Juca Ferreira, que reassume o cargo nesta segunda-feira.
Segundo reportagem de Fabio Fabrini, ela enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) documentos sobre supostas irregularidades em contratos de R$ 105 milhões firmados pela pasta na gestão de Juca Ferreira com a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC).
Em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde, a senadora Marta classificou a administração de Juca de “muito ruim” e disse ter mandado ao órgão de controle interno do governo “tudo sobre irregularidades e desmandos” de sua primeira gestão na Cultura.
Ela também disparou críticas ao PT e a líderes como Lula, Rui Falcão e até a presidente Dilma (leia aqui).