28 outubro 2018

Conheça Michelle Bolsonaro e Ana Estela Haddad. Uma delas será a próxima primeira-dama


Poucas vezes o brasileiro teve dois candidatos tão nitidamente diferentes para escolher em uma eleição presidencial. Jair Bolsonaro e Fernando Haddad diferem em tudo: trajetória profissional, linha ideológica, linguagem e até no estilo e na participação de suas esposas na campanha. Michelle Bolsonaro ou Ana Estela Haddad será a primeira-dama a partir de 1º de janeiro. Jéssica Sant’Anna traçou o perfil de ambas e explica a maneira como elas têm ajudado seus maridos a chegar ao Palácio do Planalto.

Michelle tem tido uma atitude profundamente discreta. Ao longo da campanha, apareceu somente três vezes. Na convenção do PSL que confirmou a candidatura do marido; em uma transmissão ao vivo no Facebook logo após o primeiro turno; em um vídeo distribuído no Dia Nacional do Surdo, em que se comunica usando a língua de sinais - uma de suas paixões.
A discrição é estratégica. Nem mesmo na biografia de Bolsonaro, “Mito ou Verdade”, há referências ou fotos de Michelle. Em um nítido esforço para deixá-la distante da metralhadora da opinião pública permanente voltada ao marido e aos enteados Carlos, Eduardo e Flávio, todos políticos e acostumados a se expor (até demais) nas redes sociais.
Ana Estela tem sido personagem permanente na campanha de Fernando Haddad. Ela esteve ao lado dele do anúncio da candidatura, em frente à Polícia Federal, em Curitiba, até o ato público de ontem à noite, no Rio de Janeiro. Também apareceu no programa eleitoral, ao lado do marido e do filho mais velho.
Aqui, a exposição também é estratégica. Parte para validar o discurso esquerdista de empoderamento feminino; parte para passar ao eleitor conservador a mensagem de que Fernando Haddad é um pai de família, casado há 30 anos e com filhos.
A eleição de Bolsonaro ao Haddad dirá qual papel a primeira-dama terá no novo governo. Se o tradicional envolvimento com causas sociais, como é o caso, por exemplo, de Marcela Temer. Ou se totalmente apartada das funções governamentais, como o caso de Marisa Letícia Lula da Silva - curiosamente, apontada postumamente como responsável pelas decisões referentes ao tríplex do Guarujá, que mandou Lula para a cadeia.
Da redação com Gazeta do Povo

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