Aproveitando o clima junino, ofereço a todas as
"Marias Bonitas", guerreiras, poderosas, decididas e essenciais este
cordel que fiz para a culminância de um projeto.
Lampião na música diz: Acorda, Maria Bonita, Levanta
vai fazer o café que o dia já vem raiando e a polícia já tá de pé...
E eu pensei, "acho que Lampião precisa se
atualizar!" E assim surgiu o cordel "Maria: Bonita e
empoderada."
O JN não é de televisão. É jornal
impresso lido na TV
O filho mais velho em trajes fúnebres...
Por 2'57” o filho mais velho do Roberto Marinho, em trajes fúnebres, celebrou o réquiem da empresa que herdou do pai e não vai deixar para os filhos e netos.
O motivo das imprevistas exéquias foi revelar o novo cenário do jornal nacional.
(Sobre o jornal nacional, leia abaixo a Navalha).
A peroração tem a Dialética de Cicero e a Oratória de Carlos Lacerda.
Um desastre ferroviário, diria o Mino Carta.
Melhor seria se a tarefa tivesse sido conferida ao Ministro Gilmar Mendes!
Hoje, na página 3 do Globo Overseas Investment BV é possível ler a íntegra da manifestação lúgubre.
Aqui vão trechos reveladores do iminente enterramento:
(...)
A principal característica dessa crise política não é apenas a imprevisibilidade e o alto grau de incerteza, pois isso já aconteceu antes, é a guerra da contrainformação, dos fatos alternativos, das teorias da conspiração e, porque não dizer, do mar de mentiras que nos assola, principalmente através da internet e das redes sociais.
O nosso compromisso com a verdade, com a 'sua excelência, o fato', como diria Ulisses Guimarães, nos torna um porto seguro da informação e um dos alicerces da vida democrática. Dá para imaginar o que seria se não existíssemos junto com outros respeitados baluartes do bom jornalismo no Brasil?
(...)
Nosso trabalho principal é cuidar da saúde do grupo de empresas e do exercício de sua missão e princípios, para entregá-lo saudável à próxima geração, que continuará a mesma tarefa.
Ele sentiu o golpe mortal entre a nuca e o pescoço, como na Ilíada: da internet e das redes sociais.
Primeiro, demonstram que a Globo está à venda.
(O Valdir Macedo não se cansa de dizer que não está interessado, porque a folha de salários é maior que a receita.)
E, segundo, que o Marinho constata que fracassou:
- “Netflix supera TV paga em assinantes nos EUA”: streaming tem 51 milhões de assinantes e a TV, 49 milhões – revela o Estadão, ele próprio em comatoso estado;
- “Penetração da Globo Play não passa de 3,6%”, segundo pesquisa da MobileTime/Opinion Box, publicada na Fel-lha
A “Globo Play”, funesta tentativa dos filhos do Roberto Marinho de enfrentar – no Brasil e olhe lá - os gigantes multinacionais nos serviços de streaming, leva uma surra: 63% da Netflix e 21% da Spotfy
São esses os “fatos alternativos” que “assolam” a Globo Overseas.
Porque de Overseas só tem o paraíso fiscal…
É que os filhos do Roberto Marinho já perceberam não ter cacife para entrar numa guerra perdida – a guerra de vender comercial em troca de entretenimento, na tevê aberta.
Essa indústria acabou.
Assim como acabou a indústria que dela vivia, a publicidade.
Hoje, no mundo, só duas agências de publicidade – a WPP, de origem inglesa, e a Publicis, de origem francesa – têm bala na agulha para enfrentar o Google e congêneres.
Qualquer um – sem precisar dos jênios do Guanaes – pode fazer publicidade diretamente nos googles – e por isso o Google googlou a Globo.
A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura, mas, agora, ela joga o MT na cloaca.
(Embora a Cegonhóloga ainda resista…)
Como o povo não é bobo, sabe-se que, na verdade, essa estratégia é simples: limpar os livros e a reputação para se vender.
Provavelmente ao Slim.
O Golpe não tem a oferecer à Globo nada que possa salvá-la.
Navalha
Sobre o “novo” jornal nacional: é muita decoração e pouco conteúdo.
Mais hollywood e menos Caco Barcelos.
Nelson de Sá, da Fel-lha, diz que, de cara nova, o jornal nacional “abusa da tecnologia mas se esquece da notícia”.
Mais do que isso.
O jornal nacional não é um jornal DE TELEVISÃO.
Não passa de um jornal impresso lido na televisão.
Porque o Gilberto Freire com “i” e o editor do jornal para assuntos não importantes, o William Bonner, não sabem fazer televisão.
Como não sabiam seus antecessores Evandro Carlos de Andrade e Alberrico (não mexa, revisor!) de Souza Cruz.
“I”, Evandro e Alberrico saíram do jornal impresso e lá morreram.
Quem sabia fazer televisão eram o Armando Nogueira, a Alice Maria e, claro, o Boni.
Por isso, pode escalar o Spielberg para dirigir o jn que dali não sai televisão.
Sai lixo impresso. Paulo Henrique Amorim
Um retrato fiel de nossa cultura atual, favor não considerar como uma brincadeira mas como uma ideia de como poderão estar os jovens do futuro, principalmente se os pais não se dedicarem mais aos filhos
A foto ilustrativa é do quadro da série Operários de Tarsila do Amaral
Por Amorim Sangue Novo
Esta frase, que uso tanto e
que também é título desta postagem é de Confúcio, que foi um pensador e filósofo chinês. Ele
sublinhava uma moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos
nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Enfim, um cara que já sabia,
lá no passado oriental, que se desenvolvêssemos nosso talento com harmonia e
satisfação, estaríamos elevando o labor ao patamar dos prazeres e ainda
seríamos remunerados por isto, se me permitem esta livre interpretação.
Trabalhar naquilo que valoriza a satisfação pessoal é mais um quesito para
escolher uma carreira. Além de pesar as viabilidades, a remuneração, tem que
ponderar se vai gostar muito de fazer aquilo, porque será por muitos anos,
todos os dias da vida. Parece óbvio, mas este pensamento é muito moderno,
apesar de Confúcio ter vivido em quinhentos e poucos anos antes de Cristo. Os
jovens de hoje nem imaginam entrar no mercado de trabalho por onde não tenham
grandes afinidades e satisfação imediata. Tanto que pesquisas apontam está como
a maior preocupação, de realização e não mais o dinheiro, como era a bem poucos
anos atrás.
Isto é maravilhoso quando a pessoa descobre sua vocação, cai no lugar certo da
sua área, acaba sendo bem remunerada, uma vez que dinheiro é consequência de um
bom trabalho. Mas, em tempos de amores líquidos, como diz Zygmunt Bauman, não
se tem mais uma dedicação, uma perseverança em momento algum. Nós, jovens há
mais tempo, sabemos que, para chegar ao nível de fazer só e apenas o que gosta,
existe uma trajetória longa, intensa, tem que se trilhar um caminho onde mesmo
que seja o desejado, nem sempre faremos o que gostamos em tempo integral. Está
no pacote quebrar os ovos para fazer o omelete. Dias de dúvidas, medos,
angústias, pressões e estresse existiram até mesmo nas carreiras de maior
certeza. O importante é que no andar da carruagem as satisfações sejam cada vez
mais contínuas.
Mais um ponto relevante, aqui, é a certeza de mudar tudo em determinado
momento, mesmo com um “apaixonamento” e sucesso pelo que se faz ou fazia. Isto
é outro comportamento muito atual. Não ter dúvidas sobre o que ou onde atuava
e, aos poucos ou de repente, mudar o ramo e o rumo da vida profissional, na
grande maioria das vezes em busca de mais qualidade de vida, leveza, prazer,
custo benefício ou simplesmente por ter um leque mais amplo de aptidões e
talentos.
O importante é ter bem claro o seu propósito. Isto é o que te fara levantar
feliz quase todos os dias de trabalho, sem se importar com o tempo nem com o
grau de dificuldade daquela tarefa. É fazer o seu melhor mesmo que a situação
seja passageira ou provisória, é ver o lado bom, a metade do copo cheio, ter
esperanças na realização do seu empenho e valorizar cada desafio superado, cada
lição aprendida, ou ter a coragem de mudar em busca de mais felicidade.
O fato é que se os mortais, em geral, precisam produzir, pois que seja com
prazer. Pessoas produtivas são mais felizes e saudáveis, vivem mais e melhor.
Por tudo isto: Feliz de quem faz o que gosta, pois não precisa trabalhar.