22 outubro 2018

Ministro Tarcisio Vieira destaca ações da Justiça Eleitoral para garantir pleito limpo, justo e soberano


Magistrado repudiou onda de notícias falsas que visam abalar e colocar em risco a credibilidade e a confiança do sistema eletrônico de votação

Ao participar da entrevista coletiva realizada neste último domingo (21) antes do segundo turno das Eleições 2018, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcisio Vieira de Carvalho Neto falou aos jornalistas sobre as ações que a Justiça Eleitoral vem executando para garantir que o pleito ocorra de forma limpa, justa e soberana.
Entre as medidas por ele elencadas, figuram as relacionadas ao tema fake news, como a criação pelo TSE, no final de 2017, do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, e a realização de congressos e seminários de cunho técnico e científico. Entre esses eventos, lembrou o ministro, o Tribunal realizou o Fórum Internet e Eleições e o Seminário Internacional sobre Fake News, em parceria com a União Europeia , além de reunião de trabalho com o time de combate a crimes cibernéticos do FBI (Federal Bureau of Investigation, em inglês).
Também foram firmadas parcerias com a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e com os partidos políticos e responsáveis pelo marketing das campanhas, que se comprometeram em não disseminar notícias falsas. Houve, ainda, a criação de canais de denúncias de irregularidades, como o aplicativo Pardal, e a ampliação da estrutura da Ouvidoria da Justiça Eleitoral, além do desenvolvimento de campanhas de esclarecimento aos eleitores por parte da área de comunicação do tribunal.
Na avaliação de Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, também é “justo e necessário” observar que o TSE, desde gestões anteriores, vem envidando esforços para dotar as eleições de 2018 de um ambiente fértil e propício à circulação livre de ideias necessárias ao fluxo de uma democracia plural.
O magistrado repudiou a onda de notícias falsas que visam abalar e colocar em risco a credibilidade e a confiança do sistema eletrônico de votação. “A circulação de notícias falsas representa verdadeiro desserviço à democracia e, não raras vezes, assume feição criminosa, impondo sejam adotadas medidas administrativas e ou judiciais, algumas das quais já em curso”, enfatizou, ao destacar que os órgãos de controle e repressão do Estado darão as devidas respostas no tempo certo.
Função jurisdicional e administrativa 
O ministro destacou o papel da Justiça Eleitoral no atual contexto, afirmando que deve esse ramo do Judiciário ser motivo de orgulho a todos os brasileiros, por ser isento, idôneo e vocacionado à realização de eleições limpas, justas e soberanas.
Para ele, a Justiça Eleitoral brasileira desempenha papel único em todo o mundo, uma vez que agrupa funções administrativas, na organização das eleições em todo o território nacional, e também jurisdicional, ao julgar as questões relativas ao processo eleitoral. Ele lembrou ainda o papel consultivo e normativo, desempenhados antes do início do período eleitoral.
No que tange à função jurisdicional, Tarcísio Vieira destacou que, até a noite de ontem, o TSE recebeu quase 400 representações referentes à propaganda eleitoral, mas apenas 40 tratam sobre fake news e nenhuma questiona condutas vedadas, ao contrário do que ocorreu nas eleições de 2014. Em sua opinião, os números mostram que surtiu efeito o trabalho preventivo do TSE no sentido de coibir ao máximo a proliferação de notícias falsas. Sobre o cumprimento dos prazos para análise dos processos, o magistrado destacou que o TSE está rigorosamente em dia com a matéria, e tem julgado com prioridade os casos que chegam à Corte.

Ministério Público Eleitoral
Durante a entrevista coletiva, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, manifestou a total confiança do Ministério Público Eleitoral no processo de votação eletrônico, destacando o papel de fiscal que exercem os membros da instituição em todas as fases do processo eleitoral, mais especificamente na preparação das máquinas. “Não há nada que possa preocupar o cidadão. Tudo flui em absoluta ordem e tranquilidade”, garantiu. Jacques recomendou que, a uma semana do segundo turno, o eleitor cheque sempre todos os fatos que são divulgados nas redes sociais, para distinguir o joio do trigo e dar importância ao que recebe na proporção da qualidade do que é divulgado. Para ele, no “tempo de desordem informativa” em que vivemos, esse será um aprendizado para todos. 

Segurança Institucional
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Sérgio Etchegoyen, destacou o total apoio do Poder Executivo para que o segundo turno transcorra em ambiente de normalidade democrática. “O Poder Executivo alinha-se com a Justiça Eleitoral para garantir que tudo transcorra nos limites da civilidade, e que toda e qualquer tentativa de fraudar a legalidade e a legitimidade do processo encontrará pela frente todos os instrumentos investigativos de que dispõe o Estado brasileiro”, afirmou. Etchegoyen advertiu que “arautos do apocalipse frustrado” serão mais uma vez relegados à irrelevância da história e que o País terá, a partir da segunda-feira (29), um único presidente, que será de todos os brasileiros pelos próximos quatro anos.
Segurança Pública
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, apresentou um balanço das ocorrências verificadas em todo o Brasil durante o primeiro turno das eleições, e também um quadro com as investigações em curso da Polícia Federal, decorrentes de fatos que circularam nas redes sociais, como o do eleitor do Paraná que filmou seu próprio voto, digitado com uma arma. Ele foi identificado e responde a inquérito sob a acusação de quebra do sigilo de voto. Após o fato, foi constatado que sua arma era de brinquedo. 
Jungmann advertiu que aqueles que tenham intenção de cometer crimes de qualquer natureza, produzindo fake news ou disseminando informações falsas sobre candidatos ou sobre a credibilidade do sistema eleitoral, serão identificados e punidos. “Fiquem sabendo que não existe anonimato na internet. A Polícia Federal tem tecnologia, recursos humanos e capacidade de chegar a qualquer deles, aqui no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, nós chegaremos a eles por requisição da Justiça Eleitoral”, afirmou.

Advocacia-Geral da União 
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, fez forte defesa da atuação harmônica das principais instituições do Estado que estão unidas para garantir ao cidadão o exercício do voto livre. “Essa atuação conjunta traz para a sociedade brasileira a tranquilidade que tanto necessita”, afirmou, ao destacar que todos estão trabalhando diuturnamente para garantir que os eleitores escolham seus representantes com confiança e serenidade.
Ordem dos Advogados do Brasil 
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos Lamachia, afirmou que a instituição, como representante da sociedade civil, tem participado ativamente de todas as fases do processo eleitoral, inclusive das fases de lacração dos sistemas utilizados nas urnas e das auditorias realizadas em cada um dos 27 tribunais regionais eleitorais.
Ele condenou as notícias falsas disseminadas contra a Justiça Eleitoral, e afirmou que a credibilidade do sistema tem de ser colocada sempre como prioridade. Lembrou que todas as denúncias foram ou estão sendo apuradas, e os brasileiros precisam confiar nas instituições. “Precisamos de serenidade e equilíbrio em um processo eleitoral como este”, frisou.

TSE
Por sua vez, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, fez uma defesa técnica da urna eletrônica ao demonstrar todas as camadas de segurança que o equipamento possui. Ele destacou as auditorias que estão sendo feitas pelos tribunais regionais eleitorais para averiguar cada uma das suspeitas levantadas em relação às urnas eletrônicas específicas. Até o momento, todas atestaram total conformidade com o resultado divulgado. Além disso, Janino falou sobre medidas que estão sendo tomadas para evitar tais situações na votação do segundo turno. Entre elas, respostas rápidas no Portal do TSE para as ocorrências que forem registradas pelos eleitores. “É mais um mecanismo em prol da transparência, colocando um instrumento na mão do cidadão com o objetivo de acompanhar a lisura e a higidez do processo de votação brasileiro e a sustentação do regime democrático”.

Já o secretário-geral da Presidência do TSE, Estêvão Waterloo, detalhou a atuação e as atribuições do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, espaço por meio do qual o TSE vem discutido, juntamente com várias outras instituições, o fenômeno das fake news. Waterloo afirmou que a Resolução TSE nº 23.551/2017, que regula a propaganda na internet, tem produzido resultado bastante produtivo no que diz respeito ao impulsionamento, principalmente no Facebook. Ele afirmou que o Conselho está buscando formas de alcançar também o WhatsApp por meio de ferramentas que permitam à Justiça Eleitoral coletar dados sobre disseminação de notícias falsas para que possa dar respostas na própria plataforma, com a divulgação de esclarecimentos.

21 outubro 2018

Em áudio, Alckmin chama Doria de traidor



"O racha no PSDB, provocado pela campanha eleitoral de 2018, se evidenciou em reunião da Executiva do partido nesta 3ª feira (9.out.2018) que foi convocada para decidir a posição do partido no 2º turno das eleições residenciais.

Em áudio, escute trecho em que Alckmin chamou João Doria de “Temerista”, em alusão ao seu apoio ao governo de Michel Temer. E afirmou: “Traidor eu não sou”. Uma alusão ao fato de ter sido padrinho da vitoriosa candidatura de Doria a prefeito de São Paulo, em 2016."

Justiça Eleitoral é confiável e comprometida com a lisura das eleições, diz presidente do TSE

Segundo ministra Rosa Weber, instituição está comprometida com sua missão constitucional e é “verdadeiro patrimônio do povo brasileiro”

A sete dias do segundo turno das eleições, neste domingo (21) a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, conclamou os brasileiros a confiar na Justiça Eleitoral. “É instituição comprometida com sua missão constitucional, verdadeiro patrimônio do povo brasileiro”, disse.
Em pronunciamento que antecedeu entrevista coletiva a jornalistas de distintos veículos de comunicação, Rosa Weber ressaltou que, por mais conturbado que seja o momento vivenciado pelo país, a Justiça Eleitoral mantém postura firme e serena. “A uma semana das eleições, conclamo o povo brasileiro, a todos os eleitores aptos a exercerem o direito ao voto, somos quase 150 milhões, à paz, ao equilíbrio, à tolerância e ao diálogo, para o bem do Brasil. O Brasil merece isso”.
Na avaliação da presidente do TSE, as criativas teses que intentam contra a lisura do processo eleitoral não possuem base empírica, e estão voltadas para a disseminação rápida de conteúdo impactante sem compromisso com a verdade. Ela afirmou que a resposta da instituição, ao contrário, deve ser serena e apresentada após a análise das impugnações (demandas judiciais).  Segundo Rosa Weber, a Justiça Eleitoral não é espectadora de eventos que envolvem as eleições e nem é parte interessada no mérito do desfecho. “A Justiça Eleitoral tem postura institucional, com todas as responsabilidades inerentes”, enfatizou.
De acordo com a ministra, a missão cidadã da Justiça Eleitoral atribui a ela a condução isenta do processo eleitoral e o cumprimento dos ditames constitucionais. “A Justiça Eleitoral não combate boatos com boatos. Há um tempo para resposta responsável. A Justiça Eleitoral combate boatos com respostas fundamentadas no âmbito das ações judiciais que lhe são propostas, e as ações judiciais exigem a observância do devido processo legal nos exatos termos da constituição”, enfatizou.
Ela citou as comemorações pelos 30 anos da promulgação da Constituição e afirmou que a proximidade do segundo turno das eleições é um momento importante para celebrá-la. “Não a celebração protocolar e vazia e sim a celebração efetiva dos brasileiros na festa da sua democracia que são as eleições”, enfatizou.
Lembrando que o TSE é o tribunal da democracia, Rosa Weber apontou que as paixões políticas e as discussões estão exacerbadas, e que os níveis de discórdia atingem graus inquietantes. Segundo ela, tudo isso é inevitável e é próprio do embate eleitoral, “mas o certo é que o primeiro turno das eleições já transcorreu em clima de normalidade, as campanhas estão postas, com os projetos de cada candidato, colocados à escolha livre e consciente e livre de cada eleitor”.
Trabalho hercúleo
Rosa Weber destacou que aos integrantes da Justiça Eleitoral e auxiliares do Sistema de Justiça cabe assegurar a higidez do processo. Ela registrou a dedicação dos juízes eleitorais em todo Brasil e homenageou os milhares de servidores da Justiça Eleitoral, “um quadro de excelência, com competência ímpar e dedicação a toda prova em seu hercúleo trabalho na execução das eleições”. A presidente do TSE destacou ainda o trabalho dos dois milhões de mesários, entre convocados e voluntários, que atuam nas eleições.
Por fim, a ministra reafirmou que o sistema eletrônico de votação é auditável e qualquer tentativa de fraude, necessariamente, deixaria digitais, permitindo a apuração das responsabilidades. “A Justiça Eleitoral mantém postura calma e serena por mais conturbado que seja o momento e está sempre aberta a críticas construtiva para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral e correção de falhas que venham a ser eventualmente constatadas”, concluiu.
Ao responder perguntas dos jornalistas presentes,  Rosa Weber disse entender não ter havido falha da Justiça Eleitoral no combate às fake news. “Todos sabemos que a desinformação é um fenômeno mundial que se faz presente nas mais diferentes sociedades e tem levado todos nós a uma reflexão sobre o tema. Gostaríamos de ter uma solução pronta e eficaz, mas, de fato, não temos”, disse. Segundo a ministra, notícias falsas não são novidade. “O que há de novidade nesse pleito eleitoral é a velocidade da circulação e da difusão dessas notícias, que são, de fato, deletérias e estão de fato a atentar contra a credibilidade do nosso sistema eleitoral”.
Participaram da entrevista coletiva várias autoridades dos Poderes Judiciário e Executivo, entre as quais o ministro do TSE Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e a advogada-geral da União, Grace Mendonça,

Postado originalmente no TSE e em minha página no JusBrasil >>>

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TSE - Eleições 2018: Coletiva de Imprensa - AO VIVO

Conexão Eleitoral mostra os preparativos para o 2º turno



Faltando pouco mais de uma semana para o segundo turno das eleições, a Justiça Eleitoral se prepara para receber os votos de 147 milhões de brasileiros que devem voltar às urnas no próximo dia 28 de outubro. Você vai ver no Conexão Eleitoral que, além de escolher o próximo presidente da República, eleitores de treze estados e do Distrito Federal também vão definir seus governadores. E em alguns municípios, haverá ainda a votação suplementar para prefeito.

O programa desta semana mostra também como os eleitores devem proceder no caso de não terem comparecido às urnas no primeiro turno e que, mesmo nessa situação, é preciso confirmar o voto no segundo turno.