Mostrando postagens com marcador UNICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador UNICA. Mostrar todas as postagens

19 abril 2020

Unica, e nove outras associações agrícolas e da indústria, faz alerta em carta aberta ontem ao presidente Jair Bolsonaro

"O governo do Brasil tem resistido amplamente às recomendações de bloqueios gerais para verificar a disseminação do Covid-19"
(Original em inglês com tradução para português)

Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo Federal

"Brazil ethanol sector pleas for tax, credit help
Brazil's ethanol industry warned of collapse without immediate government help to overcome a sharp drop in gasoline demand just as a bumper sugar cane crop begins to be harvested.

Ethanol is now being sold at below its production cost, Brazil's influential sugar and ethanol industry association Unica and nine other agricultural and industry associations said in an open letter yesterday to President Jair Bolsonaro.

"We expect a cane crop of over 600mn tons and if it cannot be harvested, this will destroy the sector, hurting millions of families across Brazil," Unica president Evandro Gussi said.

Unica said an estimated 198 mills in the center-south region are already processing their 2020-21 crop, compared to 157 at the same time last year.

Unica urged measures to help the ethanol sector weather the crisis, starting with a temporary exemption of hydrous ethanol from the PIS/Cofins social tax of R0.1273/liter ($0.09/USG).

The government at the same time should increase the CIDE tax on gasoline, which would help hydrous ethanol to better compete at the pump, the group said. The CIDE tax is currently R0.10/l and the industry has suggested that the tax should be raised to as high as R0.50/l.

The industry groups are also urging the government to implement a credit program that would allow the use of ethanol or sugar as a loan guarantee.

The Bolsonaro government has signaled a willingness to respond to at least some of the industry's pleas.

Agriculture minister Tereza Cristina Correa said early this week that the government is considering a cut in the PIS/Cofins on ethanol.

Wholesale gasoline prices in Brazil have tumbled by 48pc from R1.93/l at the start of the year to R1.00/l, reflecting the global oil price crash.

Unica's Gussi called this "devastating" to mills, which are in the early weeks of the center-south cane harvest, when companies rely on domestic ethanol sales to generate cash flow to cover operating costs.

This sentiment was echoed by Unica's technical director, Antonio de Padua Rodrigues, who said that if nothing is done, the 2020-21 season will be lost.

Petrobras pushback
As expected, the ethanol industry is getting pushback from Brazilian state-controlled Petrobras, Brazil's largest fuel wholesaler.

"If you increase the CIDE tax on gasoline, this automatically makes gasoline less competitive compared with ethanol, just when we are seeing a scarcity of demand," Petrobras downstream director Anelise Lara said today.

"Ethanol is already very privileged, it has subsidies and lower [state fuel tax] ICMS. If you offer another subsidy for one derivative at the expense of another, it will disrupt the supply chain and we will certainly have a decline in gasoline demand. We will have to produce less gasoline and then LPG production will fall, and in this case we will we have an interruption of LPG supply, even with an increase in imports," Lara said.

Speaking this week on a webcast hosted by local think tank FGV Energia, Petrobras chief executive Roberto Castello Branco also criticized Unica's demands, saying this is not the time to "lobby the government over taxes."

Brazil's government has largely resisted recommendations for blanket lockdowns to check the spread of Covid-19."
Postado originalmente no Argusmedia.com >>>

Tradução para português:
Setor de etanol do Brasil pede imposto, ajuda com crédito

A indústria brasileira de etanol alertou para o colapso sem ajuda imediata do governo para superar uma queda acentuada na demanda por gasolina, assim que uma safra abundante de cana-de-açúcar começa a ser colhida.

O etanol agora está sendo vendido abaixo do seu custo de produção, disse a influente associação brasileira da indústria de açúcar e etanol, Unica, e nove outras associações agrícolas e da indústria, em carta aberta ontem ao presidente Jair Bolsonaro.

A Unica disse que cerca de 198 usinas na região centro-sul já estão processando sua safra 2020-21, em comparação com 157 na mesma época do ano passado.

A Unica pediu medidas para ajudar o setor de etanol a enfrentar a crise, começando com uma isenção temporária de etanol hidratado do imposto social PIS / Cofins de R0.1273 / litro (US $ 0,09 / USG).

Ao mesmo tempo, o governo deveria aumentar o imposto da CIDE sobre a gasolina, o que ajudaria o etanol hidratado a competir melhor na bomba, disse o grupo. Atualmente, o imposto CIDE é de R $ 10 / l e a indústria sugeriu que o imposto fosse aumentado para R $ 0,50 / l.

Os grupos da indústria também estão pedindo ao governo que implemente um programa de crédito que permita o uso de etanol ou açúcar como garantia de empréstimo.

O governo Bolsonaro sinalizou a disposição de responder a pelo menos alguns dos apelos do setor.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina Correa, disse no início desta semana que o governo está considerando um corte no PIS / Cofins em etanol.

Os preços da gasolina no atacado no Brasil caíram 48pc, de R1,93 / l no início do ano para R1,00 / l, refletindo a queda global do preço do petróleo.

Gussi, da Unica, chamou isso de "devastador" para as usinas, que estão nas primeiras semanas da colheita de cana no centro-sul, quando as empresas confiam nas vendas domésticas de etanol para gerar fluxo de caixa para cobrir os custos operacionais.

Esse sentimento foi repetido pelo diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, que afirmou que, se nada for feito, a temporada 2020-21 será perdida.

Resposta da Petrobras
Como esperado, o setor de etanol está sendo pressionado pela Petrobras, controlada pelo estado brasileiro, o maior atacadista de combustíveis do Brasil.

"Se você aumentar o imposto da CIDE sobre a gasolina, isso automaticamente torna a gasolina menos competitiva em comparação com o etanol, exatamente quando estamos vendo uma escassez de demanda", disse hoje o diretor da Petrobras, Anelise Lara.

"O etanol já é muito privilegiado, possui subsídios e reduz ICMS. Se você oferecer outro subsídio para um derivado às custas de outro, isso atrapalhará a cadeia de suprimentos e certamente teremos um declínio na demanda de gasolina. Teremos que produzir menos gasolina e depois a produção de GLP cairá e, neste caso, teremos uma interrupção no fornecimento de GLP, mesmo com um aumento nas importações ", afirmou Lara.

Nesta semana, em um webcast promovido pela FGV Energia, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, também criticou as demandas da Unica, dizendo que não é hora de "pressionar o governo sobre impostos".


O governo do Brasil tem resistido amplamente às recomendações de bloqueios gerais para verificar a disseminação do Covid-19.

Imagem: Amorim Sangue Novo, meramente ilustrativa


30 outubro 2019

RenovaBio deve entrar em vigor em dezembro, prevê diretor da ANP


Os trâmites regulatórios referentes a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, estão endereçados.
Imagem ilustrativa (Google)
“Isso nos faz acreditar que o programa deverá começar a funcionar em dezembro”, destacou Aurélio Amaral, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O destaque foi na segunda-feira (28/10), em painel da 19ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo.
Também participou do painel o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Evandro Gussi.
Segundo ele, a implantação do RenovaBio fará com que o setor sucroenergético ingresse no segmento de serviços.
Com isso, o setor passará a ofertar quatro produtos.

Remoção de carbono

Hoje, de acordo com Gussi, o segmento produz açúcar, etanol e bioeletricidade.
Com o RenovaBio passará a oferecer um serviço para a sociedade que é a comprovação da remoção de carbono por meio dos créditos de descarbonização (CBIOs).
O desafio, disse, será o de fazer com que os CBios passem a ser reconhecidos como um mecanismo eficiente  de redução de emissões e remoção de carbono.

Potencial

Outro participante do painel é o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Miguel Ivan Oliveira.
Ele acentuou que o RenovaBio tem potencial para se tornar o maior modelo de serviço ambiental do País.
Outro participante do painel foi o diretor de vendas e marketing da Tereos, Gustavo Leite Segantini.
Segundo ele, a tendência é que os CBios já comecem a ser comercializados com elevada liquidez.

Postado originalmente no Jornal da Cana