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21 outubro 2018
Auditorias em urnas no PR, RS e SC reafirmam confiabilidade do voto eletrônico
Procedimentos
foram realizados com o objetivo de verificar a integridade e comprovar o
perfeito funcionamento dos equipamentos
Os Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs) do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul
concluíram, nesta sexta-feira (19), as auditorias realizadas em urnas
eletrônicas. Os procedimentos comprovaram o perfeito funcionamento dos
equipamentos e reafirmaram a confiabilidade do voto eletrônico. As auditorias
são mecanismos utilizados desde a implantação do sistema eletrônico de votação
para comprovar a segurança do processo eleitoral brasileiro.
Os TREs
do Paraná e de Santa Catarina realizaram auditoria conjunta na sede do tribunal
paranaense, em Curitiba. No Paraná, o procedimento foi requerido pela Comissão
Provisória do Partido Social Liberal (PSL). Já nos equipamentos de Santa
Catarina, a auditoria foi feita por iniciativa do próprio TRE, que selecionou
as urnas com maior índice de registros de problemas apontados por eleitores no
primeiro turno das Eleições 2018.
Ao
final dos trabalhos, a Comissão de Auditoria criada especialmente para a
apuração das denúncias concluiu que as situações apontadas por eleitores não
foram decorrentes de nenhum tipo de fraude visando a modificar a intenção do
voto.
No
TRE-PR, o processo de auditoria iniciou-se nesta sexta (19), às 8h, pela
verificação da integridade física das urnas. Foi constatado que elas não foram
abertas desde a cerimônia de carga e lacração. Também foi conferido se em cada
uma das urnas as assinaturas nos lacres correspondiam à assinatura dos juízes
eleitorais responsáveis pela zona eleitoral à qual pertence à seção de onde
foram retirados os equipamentos.
Somente
após a confirmação de que as urnas não foram violadas, foi iniciada a sua
desmontagem diante dos peritos e das autoridades e eleitores presentes. Então,
foram retiradas as mídias, o flash interno e o flash externo, para que um
perito da Polícia Federal, usando equipamento próprio da PF, realizasse um
procedimento denominado “clonagem”, para garantir a integridade das mídias
originais. Trata-se de um procedimento padrão em auditorias forenses, que busca
preservar a integridade dos dados.
Em
seguida, foi realizada a verificação do software. Nessa etapa, as mídias
clonadas foram inseridas nas urnas e iniciou-se um software de verificação pré
e pós-eleição chamado VPP, que permite a impressão dos hashes. Esses hashes
foram conferidos com os disponibilizados no Portal do TSE. Da verificação,
concluiu-se que o software da urna era o mesmo que foi inserido na cerimônia de
carga e lacração. Ou seja, não havia nas urnas nenhum software “trocado”. Além
disso, foi executado um procedimento de validação da assinatura digital do
software.
A
primeira urna a passar pelo processo foi a da seção 664 da 178ª Zona Eleitoral
de Curitiba, substituída durante a votação por ter supostamente apresentado
defeito. O procedimento realizado buscou verificar o funcionamento do
equipamento em condições normais de uso, para atestar que os votos atribuídos
aos candidatos foram de fato computados para deles.
Também
passaram pela auditoria urnas pertencentes à 1ª Zona Eleitoral de Curitiba e à
9ª Zona Eleitoral de Campo Largo, no Paraná, e à 84ª Zona Eleitoral de São José
e à 100ª Zona Eleitoral de Florianópolis, em Santa Catarina.
Agora,
os laudos da auditoria das urnas do Paraná e de Santa Catarina serão apreciados
respectivamente pelas Cortes do TRE-PR e do TRE-SC, em sessões públicas. Os
resultados serão amplamente divulgados à população dos estados.
Rio
Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, foi concluída nesta sexta (19) a auditoria
da urna pertencente à seção 282 da 2ª Zona Eleitoral de Porto Alegre. Esse
procedimento aconteceu em razão de uma determinação do presidente do TRE-RS,
desembargador Jorge Luís Dall’Agnol, que aceitou solicitação do Ministério
Público Eleitoral relativa a um questionamento sobre problemas técnicos
apresentados no dia da votação no primeiro turno.
A auditoria
foi realizada no Plenário do TRE-RS, em duas etapas. A primeira etapa
reconstituiu os passos obrigatórios para o pleno funcionamento das urnas, desde
o carregamento com os softwares e os demais dados, passando pela ordem
cronológica dos acontecimentos, até a validação dos softwares exigidos para o
desenvolvimento das eleições.
Na
quinta (18) à tarde, servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI)
do TRE-RS conduziram os trabalhos que seguiram os procedimentos necessários
para o funcionamento das urnas eletrônicas: conferência de lacres, conferência
de hash, emissão do Boletim de Urna (BU) e do Registro Digital do Voto (RDV),
gravação do log e conferência de assinatura digital. Concluídas todas essas
etapas, a urna foi reconstituída para a segunda fase da auditoria: a votação
paralela.
A
votação paralela começou nesta sexta, às 8h. Coube aos servidores do TRE-RS,
integrantes da Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas, a
execução dos trabalhos. Todo o procedimento foi transmitido ao vivo pelo canal
do TRE Gaúcho, no YouTube. A votação paralela é uma auditoria de funcionamento
da urna em um ambiente controlado. Os servidores digitaram na urna votos
preenchidos, previamente, em cédulas de papel, por entidades representativas da
sociedade.
Ao
final dos trabalhos, às 17h, foi emitido o BU, e o resultado foi confrontado
com as anotações realizadas pelos fiscais. Houve 100% de coincidência dos votos
digitados nas urnas eletrônicas com o relatório do Sistema de Apoio à Votação
Paralela e com as anotações feitas nas planilhas pelos fiscais presentes.
Fontes: Assessorias de
Comunicação do TRE-PR,
TRE-RS e TSE
20 outubro 2018
Contagem regressiva - Faltam 8 dias para o 2º Turno
Aplicativo Pardal recebe mais de 35 mil denúncias de infrações eleitorais.
TSE estuda possibilidade de firmar parceria com universidade para inibir fake news no WhatsApp
Professor da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentou a integrantes do
Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições sistemas desenvolvidos para conter
disseminação de notícias falsas
Na tarde desta
quarta-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sediou reunião que teve
como tema a apresentação de iniciativas para inibir a troca de mensagens com
informações falsas por meio do WhatsApp. A convite do Tribunal, o professor da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do projeto Eleições sem Fake, Fabrício Benevenuto,
apresentou a convidados e a integrantes do Conselho Consultivo sobre
Internet e Eleições os sistemas de monitoramento desenvolvidos pelo grupo da
universidade para conter a disseminação de fake news.
O
secretário-geral da Presidência do TSE, Estêvão Waterloo, avaliou como exitosa
a reunião e afirmou que o TSE estuda a possibilidade de firmar uma parceria com
a universidade já para o segundo turno do pleito deste ano e também para
eleições futuras.
Fabrício
Benevenuto explicou que os sistemas desenvolvidos pelo grupo são inovadores e
ajudam a entender o fenômeno de desinformação que está ocorrendo no processo
eleitoral. Ele acredita que dessa conversa inicial possa surgir uma parceria
que venha gerar bons frutos.
“O projeto
pode trazer informações relevantes sobre as fake news e
contribuir para as ações da Polícia Federal, do TSE e do Ministério Público”,
ressaltou o professor.
Além de
representantes do TSE, participaram do encontro integrantes do Ministério
Público Eleitoral (MPE), da Polícia Federal (PF), da Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN) e do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), vinculado ao
Ministério da Defesa.
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